Acesso ao Terminal Jardim Britânia.
A capital paulista possui uma das maiores frotas de ônibus em operação no mundo, totalizando cerca de 15 mil ônibus, e uma imensa quantidade de linhas que operam na cidade. Mas mesmo com tantos ônibus e linhas em operação, uma das maiores precariedades na cidade é a falta de infraestrutura para receber tantos passageiros, e quando existe a estrutura, normalmente é precária ou pequena perto do tamanho da necessidade. Sendo assim, o Metrópole SP vai visitar todos os terminais municipais que pertençam a SPTrans ou ao Metrô/CPTM, começando pela Área 1 – Noroeste (Verde Claro) que faz parte da divisão feita pela SPTrans. Observação: Iremos considerar critérios em relação ao conforto aos passageiros e funcionários.
À esquerda um ônibus articulado da linha troncal, à direita um ônibus do sistema local. |
Acessibilidade – Faixas de pedestres bem sinalizadas, rota tátil em toda a estrutura e áreas amplas para a circulação.
Iluminação – Bem iluminada durante os períodos diurnos e noturnos.
Sanitários – Não possui, embora possua local para construir tal.
Conservação e limpeza – Com pouco mais de dois anos, ainda está em um estado de conservação bom, embora a limpeza no dia da visita estivesse razoável.
Informações úteis – As placas individuais para cada linha indicavam o destino, principais vias e horários de operação, mas poderia ter placas com mais informações sobre o sistema e mapa dos arredores.
Bilheteria – Não possui.
Máquinas de autoatendimento – Não possui, embora há possibilidade de existir.
Plataforma das linhas de bairro (locais). |
"Plataforma" da conexão. |
Conexão Vila Iório - Também inaugurada em 2015, a Conexão Vila Iorio usou da mesma lógica operacional da Conexão Petrônio Portela: encurtou as linhas que seguiam desde os bairros até a região da Lapa e Barra Funda e criou uma única linha principal para a região. Localizado na Praça Monsenhor Escriva, na Avenida Faud Lutfalla, a estrutura é mais simples que a Petrônio Portela. Vamos à avaliação:
Acessibilidade – Rota tátil e guia rebaixada nos pontos de travessia de pedestre em alguns locais da estrutura.
Iluminação – Boa, estrutura bem iluminada durante os períodos diurnos e noturnos.
Sanitários – Não existente para os passageiros, apenas para os operadores.
Conservação e limpeza – Razoável, embora a estação de transferência estivesse bem limpa.
Bilheteria – Inexistente.
Máquinas de autoatendimento – Embora houvesse espaço, não há nenhuma.
Resumo: O conceito de Estação de Transferência em São Paulo considera que os passageiros não passaram mais do que 10 ou 15 minutos no local, algo que acontece muito. A simplicidade deve vir atrelada a praticidade aos operadores e usuários, e a Conexão da Vila Iório atende de maneira simples aos passageiros, sem novidades.
Visão geral do terminal. |
Terminal Jardim Britânia – Inaugurado em 2004 para ser um apoio operacional ao então projetado Terminal Perus, o terminal localizado próximo ao bairro Morro Doce e as margens da Rodovia Anhanguera se assemelha mais a uma estação de transferência do que a um terminal de ônibus. Vejamos se atende bem as poucas linhas que passam por lá.
Acessibilidade – Quase nula, uma rota tátil e uma faixa elevada no “acesso” que estava apagada no asfalto.
Iluminação – Bem iluminado durante o dia e a noite.
Sanitários – Não possui nenhum para os funcionários e passageiros.
Conservação e limpeza – Passou por uma pequena reforma recentemente, então estava bem limpa e conservada. Uma curiosidade foi à retirada do nome “Estação de Transferência Jardim Britânia” e recebeu o nome de Terminal.
Informações úteis – Somente os totens para informação das linhas e nada mais, embora possua painéis de informações (em branco).
Bilheteria – Não possui.
Maquinas de autoatendimento – Não possui.
Única plataforma do terminal. |
Visão geral do terminal. |
Terminal Pirituba – Inaugurado em 2003 com o primeiro corredor de ônibus no padrão “Passa - Rápido”, este terminal é um dos mais recentes terminais da cidade e um dos mais movimentados em número de linhas e passageiros, cerca de 80 mil diariamente em 25 linhas. Será que com seus quase 15 anos em operação ele ainda atende bem aos passageiros? Veremos a seguir.
Acessibilidade – Possui em sua área de circulação rota tátil, sistemas sonoros de avisos, faixas de pedestres elevadas e um elevador em um dos acessos, pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães).
Iluminação – Projeto de arquitetura pensada na boa iluminação diurna com luz natural e bem iluminado durante as noites.
Sanitários – Possui para os funcionários e passageiros em grande número.
Conservação e limpeza – Embora os banheiros públicos estivessem em condições precárias (vandalizados), as áreas de circulação em si estavam relativamente bem cuidadas. O terminal passa por uma pequena reforma em uma das plataformas, mas é necessária uma reforma geral.
Informações úteis – Além de informações sobre as linhas (em alguns casos desatualizados ou mau feitos), existe mapa dos arredores, mapa do corredor e paradas e alguns poucos avisos sobre o sistema. Cada linha possuía um grande painel individual com informação sobre próxima partida da linha.
Bilheteria – Com seis guichês para atender ao grande público, embora apenas três funcionários estivessem atendendo no dia. Por ser o único terminal da região, o movimento era e sempre é intenso.
Maquinas de autoatendimento – Poucas máquinas se considerar o grande movimento de passageiros, embora possua também os pontos de recargas espalhados pelo terminal.
Plataformas das linhas locais do terminal. |
Fotos: Gustavo Bonfate.
Fontes: SPTrans e SPUrbanuss.