terça-feira, 27 de setembro de 2016

Metrô 24 Horas em São Paulo, será que vira?

Uma grande polemica paira sobre os grupos de transportes e a sociedade como um todo, falando sobre Metrô 24 horas em São Paulo. Será que realmente é necessário?

Trem da Frota D alinhado na Estação Ana Rosa
Fonte: Gustavo Bonfate.

Atualmente São Paulo possui uma rede de pouco mais 70 km de metrô distribuídas em 5 linhas. Linha 01-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), Linha 02-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente), Linha 03-Vermelha (Corinthians Itaquera-Palmeiras Barra Funda), Linha 04-Amarela (Butantã-Luz) e Linha 05-Lilás (Capão Redondo-Adolfo Pinheiro). O funcionamento do metrô de domingo a sexta se dá no intervalo das 04h40 até pouco depois da meia noite, variando de estação para estação e aos sábados das 04h40 as 01h00 da amanhã de domingo. 
Malha Metroferroviária Paulistana.

No intervalo entre Meia noite e 04h40, é realizado o serviço de manutenção de via. Nessa manutenção, são realizadas analises de trilhos, dormentes, soldas, verificação de falhas ocorridas durante a operação e manutenção dos TUEs (Trem Unidade Elétrico). Para que seja feito tudo com muito cuidado e cautela, as vias são interditadas e desenergizadas. Logo fica restrita a circulação de trens.
Equipes de Manutenção do Metrô.

Nos pós meia noite, ainda há diversas pessoas que precisam se locomover pela cidade. São várias pessoas que estão voltando para casa após o serviço, após a faculdade, pessoas que tem necessidades pontuais e que necessitam da malha metroferroviária. Para suprir essa ausência do Metrô, justificada claramente, a prefeitura de São Paulo readequou o sistema de ônibus noturno, fazendo o mesmo trajeto do Metrô nas 5 linhas. O grande problema é a segurança pública em ficar nos pontos de ônibus aguando os coletivos. 


Linhas que suprem as linhas de Metrô na madrugada.
Fonte: Gustavo Bonfate.

Diagrama das linhas de ônibus que cobrem a malha metroferroviária.
Fonte: Gustavo Bonfate.
Fora do Brasil, existem sistemas de trens que operam 24 horas. Contudo alguns fatores precisam comparados:

- Desenho da malha metroferroviária
Em vários lugares onde há metrô 24 horas, a quantidade de linhas e estações no sistema são muito grandes e com isso há a possibilidade de interdição de uma linha e o usuário se dirigir a outra linha que fique próxima, sem grandes dificuldades. Esse sistema é chamado de rede, onde na ausência de uma linha, outra pode supri-la, como é o caso do metrô de Nova Iorque. No caso de São Paulo, temos linhas radiais, que ligam extremo ao Centro com poucas conexões. Um caso interessante é a linha 01-Azul, se um dia ela for interditada entre Jabaquara e Vila Mariana, não há outra alternativa, via trilhos, para a pessoa se locomover. 


Malha metroferroviária de Nova Iorque.

- Vias para a circulação dos trens
Na concepção do projeto, deveriam ser previstas três vias para a circulação dos trens. Uma em cada sentido e a terceira em suporte para eventuais falhas ou para serviços diferenciados como trens com viagens expressas. No sistema paulistano, são somente duas vias, um sentido Barra Funda e outro sentido Itaquera, como na linha 03-Vermelha. Os novos projetos, como da linha 06-Laranja, continua com a mesma concepção somente duas vias.


Trecho de via subterrâneo da linha 04-Amarela.
Fonte: Odebrecht

Tendo exposto os argumentos citados acima, vejo que a ideia de Metrô 24 horas acaba sendo uma ilusão alimentada por diversas pessoas. Todos têm o direito de falar o que desejam sobre o assunto, porem os argumentos de ambas partes devem ser trazidos à tona. Para suprir essa demanda que necessita do transporte no período noturno, existem ônibus municipais que fazem o trajeto do metrô. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Corredor de Ônibus Santo Amaro - Centro

Corredor Santo Amaro – Nove de Julho – Centro

Nota aos leitores: O blog Metrópole SP pede desculpas aos leitores que aguardavam a continuação da série especial sobre os corredores de São Paulo. Tivemos contratempos de conteúdos mas assim que possível vamos dar continuidade a série. Acompanhe agora a trajetória do Corredor Santo Amaro - Nove de Julho - Centro.
Foto da saída do Túnel da Avenida Nove de Julho.
Foto: Allen Morrison
Um dos primeiro corredores inaugurados em São Paulo, o Corredor Santo Amaro – Nove de Julho – Centro ou simplesmente Corredor Santo Amaro, teve suas obras iniciadas em 1985 e foi inaugurado por completo em 1987.
Inaugurado pela então CMTC e na gestão municipal de Olavo Setúbal como forma de melhorar o fluxo das linhas de ônibus que circulavam nas avenidas Adolfo Pinheiro, Santo Amaro, São Gabriel e Nove de Julho em uma época que ainda não se pensava muito em segregação para os coletivos. O projeto original do corredor foi pensado para garantir a exclusividade da operação dos trólebus com linhas expressas e paradoras ao longo do corredor, ou seja, linhas oriundas dos bairros operariam com veículos comuns que alimentariam as linhas troncais do corredor com os trólebus. 
No início das operações, o corredor trouxe bons resultados ao trânsito, mas com o passar do tempo notou-se que houve falhas na implantação do corredor. Uma delas foi a “invasão” de diversas linhas comuns no corredor, pois com a gestão municipal seguinte de Jânio Quadros que desistiu do projeto original de expansão e exclusividade dos trólebus nos corredores, fez com que o corredor tivesse uma operação mista: ônibus convencionais e trólebus. Outro erro na implantação do corredor foi o número elevado de cruzamentos ao longo das avenidas, que também geraria grandes gargalos e trânsito nestes cruzamentos. Ao contrário do corredor Paes de Barros que, embora seja bem mais curto em relação ao Santo Amaro, possui menos interferências vindas de cruzamentos e semáforos. 

O corredor trouxe alívio ao trânsito nas regiões atendidas, pois anteriormente o próprio eixo sofria com a grande quantidade de veículos particulares e começou a apresentar sérios problemas quando nas décadas de 70 e 80 quando houve um aumento da demanda nas viagens de ônibus oriundos das regiões sul e sudoeste para o centro da cidade.
A obra teve várias fases até ser inaugurada por completo no dia 27 de julho de 1987 e passou a atender o recém inaugurado terminal Santo Amaro, inaugurado em 25 de janeiro daquele ano, ligando esse ao centro da cidade pelas avenidas Padre José Maria, Adolfo Pinheiro, Santo Amaro, São Gabriel e Nove de Julho.
As paradas seguiam o mesmo conceito aplicado no corredor Paes de Barros: pontos de parada no canteiro central da avenida com embarque e desembarque pelo lado direito do ônibus. Por atender a uma demanda bem maior que a do outro corredor, ele possui paradas maiores e, em alguns casos, divida em duas para acomodar melhor os diversos ônibus que passam por ali. 

As avenidas por onde o corredor passa eram repletas de comércios, centros de ensino, clínicas e serviços diversos, além de cruzar com grandes avenidas como a Vicente Rao/Roque Petroni Junior, Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada), Bandeirantes, Hélio Pellegrino, Juscelino Kubitschek, onde havia uma estação de transferência, Brigadeiro Luís Antônio, Brasil, sob a Avenida Paulista pelo túnel Daher Cutait, e por fim chegando a 23 de Maio.  Passa por bairros muito valorizados e altamente residenciais e comerciais como Bela Vista, Jardim Paulista, Jardins, Moema, Brooklin Paulista, e Santo Amaro. 
Corredor já nos anos 1990.
Foto retirada da Internet, créditos ao autor.
Com a chegada da década de 1990, a CMTC, até então a gestora do sistema, passa pelo processo de privatização com a intenção de diminuir custos nas operações. Com isso, a nova gestora passa a ser a SPTrans que se tornou apenas administradora dos corredores da cidade. A operação dos trólebus é repassada a empresas contratadas juntamente com veículos e garagens. No corredor pouca coisa foi alterada no quesito operação e infraestrutura, mesmo estando constantemente superlotado, ainda operava com os trólebus na principal linha do eixo: 6500-10 Terminal Santo Amaro - Praça da Bandeira.
Corredor em 2004 próximo da inauguração após a reforma.
Foto: Construtora Simioni e Viesti   
Nos anos 2000 houve uma drástica mudança no corredor, com a retirada definitiva dos trólebus nesse corredor. Esse fato aconteceu entre 2003 e 2004 durante a gestão da então prefeita Marta Suplicy que, em conjunto com o então secretário dos transportes Jilmar Tatto, desativou a operação dos trólebus nesse e no corredor da Casa Verde, instalado em 1998. A desativação não teve estudos técnicos que justificaria ou não a desativação, mas um jogo político de interesses privados. A então prefeita alegou que os fios dos trólebus contribuíam para a "degradação" das avenidas, e que o novo substituto do trólebus seriam os veículos híbridos e que já sabemos o fim que essa história tomou: abandono do projeto e mais dinheiro público jogado fora. Ironicamente caros leitores, a desativação, que na teoria da então prefeita era não degradar a região, teve o efeito inverso: Abandono da região, sujeira nas vias e o aspecto de sujo que começou a ser notada no corredor.
Antes mesmo da desativação, o sistema estava em um estado lastimável com veículos constantemente quebrados, falta de manutenção da rede aérea e do pavimento ao longo do percurso. Das linhas de trólebus que operavam no corredor, apenas a 637P-10 (Terminal Santo Amaro - Pinheiros) e 6500-10 continuaram operando só que com ônibus comuns. Na mesma época o corredor passou por uma reforma de retificação para tentar melhor atender aos usuários e trazer mais confiabilidade as linhas. A reforma foi finalizada no terceiro trimestre de 2004 e consistiu em desativar os pontos com desembarque do lado direito e alocadas para o lado esquerdo do ônibus, assim toda a frota operante nas linhas do corredor passaram a ter portas do lado esquerdo e direito. Junto com a reforma, foi feita uma re-estilização nos abrigos dos pontos, instalando o padrão adotado na gestão de 2001 á 2004 com um abrigo curvado e painéis digitais em alguns casos mostrando os próximos ônibus a chegarem nas paradas. 
Foto acima: Operação em 1990 com os trólebus. (Foto retirada da Internet, créditos ao autor)
Foto abaixo: Parada já retificada  e sem os trólebus, Setembro/2016. (Foto: Victor Santos)
Desde a década passada, o corredor não teve grandes mudanças no que se diz a estrutura, algumas mudanças como na criação do Binário Santo Amaro que ajuda no fluxo dos ônibus que chegam do centro em direção ao Corredor Parelheiros ou Terminal Santo Amaro. O objetivo dessa obra foi integrar melhor os corredores que seguem para Santo Amaro, de modo que evita que os coletivos percam tempo no trânsito local. 
Atualmente o corredor opera com a demanda alta, sendo o corredor mais movimentado da cidade, com cerca de 600 mil passageiros por dia. Recentemente foi aprovado na câmara dos vereadores o projeto para a reforma do corredor que está disponível para consulta no site da prefeitura. O projeto prevê a retificação da estrutura do corredor como a Parada Afonso Bráz, que continua com o padrão adotado em 1987, a troca do pavimento ao longo do corredor e também dos abrigos nas paradas do corredor. Também está em andamento o projeto urbanístico da região, que inclui a reurbanização do setor, plantio de arvores e a implantação de uma ciclovia ao longo da via, esse ultimo ainda em análise pela SPObras que inicialmente alega que a avenida não precisa de uma ciclovia.
Parada 14 Bis sobre o Viaduto Doutor Plínio de Queirós, Bela Vista.
Foto: Gustavo Bonfate. 
Pelo corredor trafegam 43 linhas municipais, sendo uma noturna, e uma linha intermunicipal. Possui no total 24 paradas oficiais do corredor e 14,8 km de extensão. É considerado o corredor mais congestionado pelo excesso de linhas que trafegam por ele algo que deve e precisa ser revisto já que com o excesso de linhas acaba por prejudicar o fluxo e o tempo de viagem.
Parada Afonso Bráz: Padrão antigo (primeira foto), padrão novo (segunda foto).
Fotos: Gustavo Bonfate.
Um corredor de demanda alta que poderia hoje usufruir mais de suas características e aumentar a capacidade hoje está defasado. Poderia ser um grande e principal corredor de trólebus e usar novamente a ideia original de linhas troncais exclusivamente com trólebus, assim favorecendo não só o transporte, mas também o meio ambiente e o paisagismo da região. Futuramente as integrações no corredor devem aumentar com a conclusão das obras das linhas 5 e 17 do Metrô e com o futuro Corredor Perimetral Bandeirantes - Salim Maluf da SPTrans.
Parada Juscelino Kubitscheck.
Foto: Gustavo Bonfate.
Curiosidades

  • O corredor possui uma bifurcação na região do Jardins, onde outro corredor segue pelas avenidas Nove de Julho e Cidade Jardim. Esse eixo serve principalmente as linhas com destino à zona oeste e Marginal Pinheiros.
  • É um dos únicos corredores que integram os três principais corredores da zona sul: Itapecerica, M'Boi Mirim e Parelheiros. A integração entre eles ocorrem dentro do bairro de Santo Amaro através das avenidas Adolfo Pinheiro, João Dias, Santo Amaro e pela Alameda Santo Amaro. O outro corredor que integra esses corredores ao centro é o Ibirapuera.
  • Os arredores do corredor possui desde residências de classe média à grandes edifícios comerciais.
  • As paradas Afonso Bráz, Fiandeiras e Eucaliptos ainda estão no padrão original com as paradas com embarque do lado direito do ônibus. A parada Afonso Bráz recebeu novas coberturas porém a parada encontra-se em um estado precário.
  • Por ter uma demanda elevada e um número grande de linhas, boa parte das paradas foram dividas em duas para melhor acomodar os usuários e não gerar atrasos nas linhas. 
  • Recentemente o Túnel Daher Cutait ganhou faixa exclusiva para os ônibus que precisavam cruzar a avenida para ir para a faixa da esquerda. Além disso, o Viaduto Doutor Plínio de Queirós, onde a Parada 14 Bis fica localizada acima do nível da rua, foi segregado apenas para os ônibus e táxis durante todo o dia. Essa exclusividade deu um melhor fluxo para os coletivos. 
  • Há uma linha noturna que opera em toda a extensão do corredor (com exceção do eixo da Cidade Jardim). A linha N701-11 (Terminal Santo Amaro - Terminal Parque Dom Pedro II) opera entre a 00h00 às 04h00 com intervalos de 15 minutos e um percurso de 40 minutos via Terminal Bandeira. 
  • A principal linha do corredor é a 6500-10 (Terminal Santo Amaro - Terminal Bandeira) que percorre todo a extensão principal do corredor. O intervalo médio dessa linha é de 4 minutos no pico e 10 minutos no entrepico.

Mapa do Corredor incluindo extensão da Cidade Jardim.
Elaboração: Gustavo Bonfate
Bairros atendidos
Bela Vista
Jardim Paulista
Jardins
Itaim Bibi
Moema
Brooklin Paulista
Santo Amaro

Detalhes do corredor
Inauguração: Junho de 1987 (extensão total)
Extensão: 14,8 km
Número de paradas: 24 paradas (considerando apenas paradas oficiais)
Operação: SPTrans, CMTC (anteriormente)
Número de Linhas: 48 linhas municipais, sendo duas linhas noturnas, e uma intermunicipal (044 TRO São Paulo/Jardim Castelo - São Paulo/Itaim Bibi Circular)
Integrações
Terminal Santo Amaro - Linhas de ônibus municipais troncais e alimentadores de São Paulo e Estação Largo 13 (Linha 5 Lilás do Metrô).
Parada Roque Petrônio Junior - Integração Tarifada com as linhas de ônibus do Corredor ABD da EMTU.
Parada Getúlio Vargas - À nove minutos à pé da Avenida Paulista e da Estação Trianon-Masp (Linha 2 Verde do Metrô).
Terminal Bandeira - Integração tarifada com as linhas de ônibus troncais de São Paulo e com a Estação Anhangabaú (Linha 3 Vermelha do Metrô).
Linhas entre Avenida Nove de Julho e Avenida São Gabriel
Tabela por Victor Santos.
Linhas entre a Avenida São Gabriel e Avenida Santo Amaro.
Tabela por Victor Santos.
Texto: Gustavo Bonfate e Victor Santos.
Fotos e pesquisas: Gustavo Bonfate.
Fonte: Trólebus Brasileiros, Revista Portal do Ônibus, Folha de São Paulo - Cotidiano 1987, BRT Data, SPTrans e Prefeitura de São Paulo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Eventos - 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos

Ônibus 100% elétrico exposto no 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos
Foto: Gustavo Bonfate
Nos dias 01, 02 e 03 de setembro de 2016 se realizou o 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, no pavilhão amarelo do Center Norte, na capital paulista. Haviam diversos expositores apresentando as novas tendências no que tange a veículos que utilizam exclusivamente a eletricidade como fonte geradora de energia para o movimento. Em todos os estandes, o foco estava em veículos com maior capacidade, menor custo e maior capacidade de baterias. Em nenhum dos veículos apresentados, utilizou-se o princípio de energia elétrica conectada a todo instante por fios. Todos os equipamentos apresentados possuíam bateria como forma de armazenar energia.

Na área de transporte individual, destacaram-se os monociclos, hoverboards, segways e bicicletas elétricas. Para pequenos deslocamentos eles são muito práticos e versáteis. Contudo, principalmente o monociclo, requer muito equilíbrio e cuidado por parte de seu usuário. Os segways já são muito utilizados em shoppings e em estações da CPTM para ronda de segurança e policiais. Os equipamentos possuem um alto custo inicial e são mais utilizados para lazer. Contudo, em vario lugares mundo a fora, esses equipamentos já são utilizados como forma de transporte.
Segways utilizados na CPTM

Bicicleta Elétrica
Estavam expostos dois ônibus representando as inovações no transporte público urbano. A chinesa BYD (Build Your Dreams), que traduzindo para o português significa Construa Seus Sonhos, trouxe o seu veículo convencional de 12,2m. O veículo dotado de ar condicionado, piso baixo dianteiro e acessibilidade tem autonomia para 250 km por carga elétrica. 
Sua velocidade máxima atinge 90 km/h e sua inclinação máxima é de 20%. O layout interno e a distribuição das baterias no veículo, variam de acordo com as especificações do local onde ele irá circular. Atualmente, Campinas possui uma frota pequena de veículos da BYD.
Veículo da fabricante chinesa BYD exposto.
Foto: Gustavo Bonfate.
Foto: Gustavo Bonfate.
Foto: Gustavo Bonfate.
Foto: Gustavo Bonfate.

Veículo da fabricante chinesa BYD exposto.

Foto: Gustavo Bonfate.

No estande ao lado, estava em exposição um veículo construído em parceria da Eletra com a Mercedes-Benz. Com uma carroceria de um Marcopolo Torino 2014 Low Entry, esse protótipo de posse da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) tem como combustível a energia solar, sendo absorvida por placas fotovoltaicas. O veículo possui autonomia de 70 km utilizando carga total das baterias, podendo chegar a 200 km realizando 4 recargas rápidas de minutos. Os testes desse veiculo serão em Santa Catarina dentro da UFSC para professores, funcionários e alunos. O veículo possui acessibilidade, ar condicionado, tomadas USB, mesas de trabalho/reunião e sistema Wi-Fi.



Veículo da UFSC exposto no estande da ELETRA/Mercedes-Benz.
Foto: Gustavo Bonfate
Foto: Gustavo Bonfate
Foto: Gustavo Bonfate
Foto: Gustavo Bonfate
Foto: Gustavo Bonfate
Foto: Gustavo Bonfate
Veículo da UFSC exposto no estande da ELETRA/Mercedes-Benz.
Foto: Gustavo Bonfate
Seria de grande valia se veículos apresentados em feiras como essa pudessem ser mais utilizados pelas empresas e assim poderíamos ter um barateamento do uso dessa tecnologia. Sabemos também que tudo tem seus prós e contras. Necessitamos cada vez mais novas tecnologias de baixa emissão de poluição, para que possamos ter uma vida melhor. Eventos como esse, deveriam ser mais divulgado para que a grande população conheça e se interesse pelas novas tecnologias e assim poderíamos dar os primeiros passos para um mundo mais ecológico e menos poluído!

Para mais informações sobre o 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, acesse http://velatinoamericano.com.br/

terça-feira, 6 de setembro de 2016

CPTM Entrega o 108° Trem Novo para a Linha 07 - Rubi da CPTM.

Séries 8500 na estação Terminal Francisco Morato, Linha 07-Rubi. 
Foto: Yuri Gabriel
No dia 02 de Agosto por volta das 10h, a CPTM entregou para a operação o 108° Trem Novo, e o terceiro 8500. O mesmo foi destinado para a Linha 07-Rubi da CPTM, cujo tem o trajeto mais longo e demorado da companhia (Luz - Francisco Morato - Jundiaí), e que contém a frota mais antiga em operação, a série 1100, cujo operam desde 1957.


Trens das séries 8500 em testes na Linha 07-Rubi, na estação Piqueri. 
Foto: Yuri Gabriel
O novo trem que iniciou as operações na Linha 07-Rubi (H508) é idêntico às duas composições que rodam atualmente na L11-Coral Expresso Leste (H516 e H520) e faz parte do lote de 65 novos trens licitados pela CPTM e que serão Fabricados/Montados pela CAF ( 35 unidades da séries 8500) e Hyundai-Rotem (30 unidades da série 9500).


Passagem livre entre os carros (Open Gangway), composição H508. 
Foto: Yuri Gabriel
Dotados de ar condicionado, portas com largura de 1,60m, Gangway (Passagem livre entre os carros) são uma novidade e tanta para a Linha 07. A cada estação que o trem chega, uma reação diferente. Mesmo sendo muito similar aos trens da série 7000 que também rodam na linha desde 2010, o trem série 8500 chama a atenção pela mascará frontal um pouco maior que o seu irmão 7000, e por ser muito silencioso.


Composição H508 Partindo da Estação Água Branca. 
Foto: Yuri Gabriel
A previsão da CPTM é que 19 composições novas entrem em operação na L7, substituindo os 11 trens da série 1100 inicialmente. Não se sabe se a companhia pretende dar baixa nos trens da série 1700, datados de 1987 e que possuem 8 carros de 22m, tornando-se os maiores trens da companhia atualmente em questão de comprimento.
Relembre todas as características da série 8500: 


Relembre todas as características da série 8500: CPTM: O primeiro dos 65 novos trens entra em operação.

Texto e imagens: Yuri Gabriel.