quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Linha 13 Jade: um divisor de águas

Trem série 9000 parado na estação Aeroporto-Guarulhos.
Foto: Victor Santos (autor).
No dia 31 de março de 2018, após quatro anos em obras, a linha 13 Jade da CPTM era entregue a população que aguardava ansiosamente pela inauguração da linha, que foi prometida desde o inicio dos anos 2000. Mesmo com os problemas inciais, a linha hoje tornou-se importante para uma parcela da população guarulhense, e agora, mais de um ano após a inauguração, como será que foi o impacto na vida dos passageiros que utilizam a linha que atende ao Aeroporto Internacional de Guarulhos?

Breve história
No inicio dos anos 2000, o Governo do Estado de São Paulo lançou diversas projeções para novas linhas de metrô e trens metropolitanos que deveriam ser entregues até o final da primeira década do novo milênio. Entre tantas novas ligações, duas linhas chamaram a atenção por atender ao maior aeroporto do país, o aeroporto Internacional de Guarulhos.
O Aeroporto de Guarulhos, inaugurado para vôos comerciais em 1985, nunca havia recebido uma ligação ferroviária, embora a região de Cumbica de atendida até 1965 por um ramal ferroviário da extinta Estrada de Ferro Cantareira atraves do ramal de Guarulhos. 
A primeira linha proposta foi denominada de "Expresso Aeroporto", que atenderia, de forma direta, aos passageiros do aeroporto que precisavam chegar até o centro da capital paulista de forma mais ágil. A linha partiria da estação Brás e seguiria, por uma via segregada e independente das demais linhas, até a estação Aeroporto. A linha, denominada posteriormente para linha 14-Ônix, previa um atendimento diferenciado aos passageiros como trens com bagageiros, check-in para os vôos feitos nas estações e uma tarifa diferenciada.
A segunda linha projetada era o "Trem de Guarulhos", proposta para atender a maior cidade da Grande São Paulo e partindo da estação Brás até, então, a estação Zezinho Magalhães-CECAP, com parada nas estações Tatuapé e Engenheiro Goulart. A ligação férrea previa atender de forma mais rápida e sem grandes problemas o deslocamento da população guarulhense até a região central da capital São Paulo, evitando as ligações rodoviárias já saturadas.
Após diversos atrasos, associados aos problemas de gestão pública conhecidos pela população paulista em relação ao transporte coletivo, ambos os projetos foram postergados e posteriormente cancelados. O Expresso Aeroporto, com uma proposta de ser construída através da Parceria Público-Privada (da sigla PPP), acabou sendo engavetada e cancelada definitivamente após quase 10 anos em que se foi proposta a linha. Um dos motivos pelo cancelamento foi a concorrência com o projeto do Governo Federal para a construção do TAV - Trem de Alta Velocidade entre o São Paulo e o Rio de Janeiro (RJ), projeto este que nunca foi levado adiante.
Diagrama mostrando as duas linhas projetadas para o aeroporto. Fonte: Wikipedia. 
Após alguns anos em que se foi cancelado ambas as linhas, em meados de 2010 o projeto da ligação ferroviária entre Guarulhos e São Paulo voltou a ser pauta principal da gestão pública, intensificado pela escolha da FIFA em sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil. Embora tenha voltado a tona, somente em 2012 é que se retomou de vez com o projeto, com a primeira fase licitada ainda em 2012 para a construção de 8,7 quilômetros de vias novas, sendo 7,9 quilômetros em trechos elevados.
A linha, renomeada para linha 13 Jade, de certa forma absorveu os dois projetos anteriores em um projeto único, sendo responsável pela ligação do aeroporto com a rede metroferroviária e também receber a demanda da própria cidade de Guarulhos. Inicialmente, estava previsto que a estação Aeroporto-Guarulhos estivesse mais próxima do Terminal 2 do Aeroporto, o que não ocorreu pelo fato da concessionária responsável pelo aeroporto, a GRU Airport, alegar que o terreno no qual a linha passaria seria utilizado para outros fins. Com isso, a estação acabou sendo construída a cerca de 2 quilômetros do Terminal 2, o mais movimentado, estando agora localizada próxima do Terminal 1 do aeroporto, de menor movimento.
As obras foram iniciadas após a liberação de recursos da União através do PAC Mobilidade, no final de 2013, o que acabou com as esperanças de que os futuros passageiros com destino aos locais onde seria realizadas as partidas da Copa de 2014 seria realizadas em São Paulo utilizariam a linha para o deslocamento, uma das promessas na retomada do projeto.
Com a finalização da difícil obra, que atravessou diversos entraves e obstáculos, a previsão era entregar a linha para a operação antes de junho de 2018, mesmo que para isso seria necessário entregar a linha com diversos itens faltando ou à serem concluídos. A construção da linha quebrou diversos paradigmas que estavam vinculados à CPTM, tais como nunca ter construído uma linha nova desde a sua fundação em 1992, muito embora a companhia tenha investido na expansão e modernização das linhas ao longo dos anos. Inclusive, com a construção da nova linha, a estação Engenheiro Goulart, que atende a linha 12 Safira da CPTM, precisou ser reconstruída para atender a nova ligação ferroviária e para desativar a antiga estação, com problemas de acessibilidade e estruturais.
Obras da ponte estaiada sobre a Rodovia Ayrton Senna.
Foto: retirado da internet, crédito 
No dia 31 de março de 2018, um dia ensolarado e com diversas figuras governamentais do estado de São Paulo, como o então governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e da cidade de Guarulhos como o atual prefeito Gutti (PSB-SP), a linha 13 Jade foi inaugurada após quase duas horas depois que os representantes do Governo haviam chegado, espera ocasionada pela cerimônia oficial de inauguração.
Na porta das duas novas estações, Guarulhos CECAP e Aeroporto-Guarulhos, haviam diversas pessoas que aguardavam a abertura das estações para a operação assistida da linha, que inicialmente seria das 10h às 15h de sábados e domingos. Somente no dia 04 de junho de 2018 é que a linha foi entregue para operação comercial regular, com horários de operação e cobrança de tarifa igual as demais linhas da companhia. Mesmo com a operação estendida, o intervalo entre os trens na linha era mantido em 30 minutos, enquanto o máximo de espera nas demais linhas era de 12 minutos em dias normais. A linha operava somente entre as estações Engenheiro Goulart, onde há transferência gratuita para a linha 12 Safira (Brás - Calmon Viana), e Aeroporto-Guarulhos, passando por Guarulhos CECAP.
No dia 03 de setembro de 2018, a CPTM inaugurou o serviço "Connect", que ligaria a estação Aeroporto-Guarulhos à estação Brás sem a necessidade de transbordo na estação Engenheiro Goulart e parando nas estações intermediárias, entre elas a estação Tatuapé, com conexão para as linhas 11 Coral (Luz - Estudantes) e 12 Safira, além da conexão com horários especiais com a linha 3 Vermelha do Metrô (Corinthians Itaquera - Palmeiras Barra Funda). Esse novo serviço, com horários pré determinados, atraiu muitos passageiros que moram ou trabalham em Guarulhos, o que fica evidente o sucesso dessa nova ligação com os trens da linha com lotação nos horários de pico. 
Recentemente, mais especificamente em março de 2019, a CPTM incrementou os horários da linha 13 Jade e do serviço "Connect", este com mais três horários, e a partida das 0h00 do Aeroporto para a estação Brás da linha principal. 
Outro serviço criado para a linha 13, o "Airport-Express", criado em 16 de outubro de 2018, com o objetivo de atender aos passageiros que tem com destino aos terminais aeroportuários de Guarulhos. Este serviço, com tarifa diferenciada e ligação direta entre as estações Luz e Aeroporto-Guarulhos, chamou a atenção por parecer um pouco com o projeto original do Expresso Aeroporto, ou linha 14 Ônix, por fazer a ligação entre o centro de São Paulo e o Aeroporto de Guarulhos de forma direta. O "Airport-Express", embora tenha uma proposta interessante, ainda não atraiu os usuários com maior sucesso em relação ao "Connect", talvez seja pelo seus horários bem restritos ou pela tarifa diferenciada, R$ 8,60. Seja como for, os trens que operam neste serviço ainda não foram vistos com uma grande lotação, embora isso não seja sinônimo de um fracasso no serviço.
Quadro de horários do "Connect" e do serviço comum.
Foto: Gustavo Bonfate;
Quadro de horários do "Airport-Express".
Foto: Gustavo Bonfate.
Linha 13 Jade: Um divisor de águas dentro do mundo dos transportes
Desde que foi inaugurada, a linha Jade tem dividido muito as opiniões entre os blogueiros e especialistas no transporte, sobretudo pelo fato dos intervalos e conexões serem bem limitadas. Um dos questionamentos levantados é em relação a demanda esperada pela companhia, que estimou a demanda diária em 120 mil passageiros, e hoje são transportados 13 mil passageiros por dia, bem abaixo do esperado.
Muitos atribuem a baixa captação da linha ao fato da mesma se conectar com apenas uma linha do sistema de trens metropolitanos, a linha 12 Safira que, por muitos anos, era considera uma das piores linhas de trens metropolitanos da CPTM, e ainda é considerada de baixa capacidade. Dependendo de onde o passageiro vier, ele precisará fazer ao menos três baldeações para chegar ao Aeroporto de Guarulhos vindo do sistema metroferroviário.
O fato é que boa parte dos passageiros que utilizam a linha Jade é na verdade morador da cidade de Guarulhos, cidade que não possui integração tarifária entre as linhas de ônibus municipais e a rede de trens. A realidade pode ser facilmente vista nos horários de pico, onde os trens da linha 13, que partem de Engenheiro Goulart, e do serviço "Connect", que parte do Brás, partem com uma lotação considerável a que tanto é criticada pelos especialistas. É fácil perceber que os passageiros que utilizam os serviços da linha estão contentes com a entrega da mesma, porém pedem que a linha tenha mais horários para os trens em direção a estação Brás.
Rede de transportes atual de São Paulo. Nota-se a existência das linhas
13 Jade, Connect, e Airport-Express.
Fonte: CPTM.
Outra questão que pode explicar o número baixo de passageiros é com relação a distancia entre a estação Aeroporto-Guarulhos com os terminais do aeroporto, fato ocasionado pelo já explicado motivo apontado pela concessionária GRU Airport. O passageiro que chegar na estação terminal precisará embarcar em um ônibus gratuito oferecido pela concessionária para continuar a viagem até os terminais 1, 2 e 3. Embora seja relativamente comum este tipo de transbordo no mundo à fora, a concessionária havia se comprometido em construir um transporte mais ágil e eficiente em relação aos ônibus, que estão sujeitos aos congestionamentos ao longo do trajeto.
Mesmo que seja sempre vendido como uma linha que atende ao aeroporto internacional, na realidade a linha Jade tem atendido mais aos moradores e trabalhadores de Guarulhos, sobretudo os que tem como origem as regiões ao norte do Aeroporto ou próximos do centro da cidade, do que aos passageiros com destino aos vôos.
Recentemente, o atual governador João Dória (PSDB-SP) determinou que a ligação entre a linha 13 Jade e os terminais do aeroporto será feito através de um sistema de transporte similar ao monotrilho, denominado de APM - Automated People Mover, que será construído entre a estação da CPTM e os terminais 1, 2 e 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O valor estimado de R$ 175 milhões, que serão de responsabilidade da concessionária GRU Airport, previsto para ser entregue em 2021.
Possível traçado do "People Mover" que fará a ligação entre a estação e
os terminais do aeroporto. Hoje o trajeto é feito por ônibus gratuitos.
Fonte: MetrôCPTM.
De fato, essa questão da distância da estação Aeroporto-Guarulhos em relação ao terminal 2, o mais movimentado em voos nacionais, tornou a utilização da linha para o deslocamento desde a cidade de São Paulo até o aeroporto através da linha 13 um pouco questionável, ainda mais aos finais de semana quando a linha 12 Safira entra nas suas obras de manutenção e modernização. Uma possível solução para essa questão seria a extensão da linha 13 até a estação Brás aos finais de semana, o que possibilitaria aos passageiros mais conexões e mais conforto nas baldeações, aliviando a demanda carregada da linha Safira.
Microônibus do sistema local da cidade: linhas alimentadoras tem atraído
mais passageiros em direção a estação da CPTM.
Foto: Gustavo Bonfate.
Embora seja muito utilizada por cidadãos guarulhenses, a linha 13 não possui integração tarifária com o sistema municipal de ônibus da cidade, embora possua integração tarifada com as linhas intermunicipais da região através do bilhete BOM. Exemplo: o passageiro que paga R$6,50 na linha 552 TRO (Guarulhos/Parque Santos Dumont - São Paulo/Metrô Armênia) ao chegar na estação Aeroporto-Guarulhos, o passageiro ira pagar apenas R$2,80 que será descontado do cartão. O valor total da integração, no caso da linha 552 TRO, é de R$9,30, mas esse valor pode variar de linha para linha, mas mantendo o valor de R$2,80 cobrado na integração por três horas. No caso da volta, quando o usuário utilizar o cartão BOM para acessar alguma estação de metrô ou trem, ao embarcar em alguma linha intermunicipal, pagará apenas R$1,50 ao invés do valor cheio da tarifa.Ou seja, ao invés de pagar o valor cheio da tarifa, pagará apenas o valor da integração com o sistema ferroviário, favorecendo o custo-benefício.
Quadro de valores das tarifas intermunicipais e integrações.
Confeccionado por Gustavo Bonfate.
Muitos passageiros pedem que haja essa integração com o sistema municipal, o que não está previsto que aconteça uma vez que há muitas questões tecnológicas e econômicas ligadas a este tipo de integração, sobretudo relacionados as questões de gratuidades. Mesmo assim, isso não inibiu que muitos passageiros cheguem as estações Guarulhos CECAP, onde há um terminal municipal e interestadual, e Aeroporto-Guarulhos, onde há o terminal metropolitano do Taboão, utilizando os ônibus municipais.
O resultado é que boa parte dos passageiros que viajam dos bairros até o terminal metropolitano do Taboão, ao lado da estação Aeroporto-Guarulhos, tem com destino a linha Jade, o que resultou no aumento da demanda assim que o horário de operação foi ampliado e a criação do serviço até o Brás nos horários de pico.
Passageiros aguardando para embarcar no trem em direção ao Brás:
Viagens até a estação central partindo do aeroporto diminuem as baldeações.
Fonte: Mobi.GRU - Mobilidade Urbana em Guarulhos.
Os passageiros perceberam que, mesmo com os intervalos relativamente altos e a necessidade de transbordo em Engenheiro Goulart em alguns horários, a linha atende a um requisito que atraiu muito os passageiros: a rapidez na viagem. Por ser um sistema segregado e de alta capacidade, a linha 13 Jade atraiu muitos passageiros que cansaram de perder horas no trânsito das vias que passam pela cidade de Guarulhos, como a Rodovia Presidente Dutra (BR-116), a Rodovia Fernão Dias (BR-381), e a Rodovia Ayrton Senna (SP-070). Além disso, por conta da operação das linhas metropolitanas sob gestão da EMTU-SP estarem bem abaixo da expectativa dos passageiros, muitos acabaram migrando das linhas metropolitanas para a linha da CPTM, que oferece um percurso mais barato e rápido, além das conexões gratuitas e conforto nos trens.
A primeira linha a sentir esse declínio na demanda foi a linha 257 TRO (Aeroporto Guarulhos - Metrô Tatuapé), que sempre foi a alternativa mais barata e rápida para acessar o sistema de metrô e trens vindo do aeroporto, e vice-versa. A linha, que sempre foi carregada, acabou perdendo parte dos passageiros para a linha Jade, embora ainda conte com uma demanda considerável com intervalos de 20 minutos e um trajeto sem transbordo até o Tatuapé. Acabou por se tornar uma outra opção ao invés de ser a única entre o sistema metroferroviário e os terminais do aeroporto, possibilitando ao passageiro escolher entre rapidez e tarifa mais barata, ou menos baldeações e tarifa mais cara. 

Frota operacional
Atualmente, a frota operacional da linha é a série 9000 da CPTM, que operou por muito tempo exclusivamente na linha 11 Coral. São seis unidades que operam na linha principal, entre Aeroporto-Guarulhos e Engenheiro Goulart, no serviço "Connect", até a estação Brás, e no serviço "Airport-Express", até a estação Luz.
Trem série 9500 quando operava na linha 13.
Foto: Yuri Gabriel.
Por alguns meses, a frota inicial da linha era composta pela série 9500, recentemente comprada pela companhia para modernizar a frota da linha 7 Rubi (Luz - Jundiaí), porém, com o aumento da demanda e das viagens na linha Jade, a frota foi realocada novamente para sua linha original.
Em 2016 foi licitado a compra de oito novos trens que deverão operar na linha 13 Jade, a série 2500, que está sendo fabricado pelo Consórcio Temoinsa-Sifang deverá ser entregue, se não houver atrasos, ainda em 2019. A frota deverá conter os mesmos itens exigidos pela CPTM em compras anteriores, com o principal diferencial de possuir bagageiros para atender aos passageiros com destino ao aeroporto. Será a primeira frota de origem chinesa na companhia paulista, e deve ser exclusiva na linha Jade.
Frota atual da linha Jade: Série 9000 cumpre as viagens pela linha
até a chegada dos novos trens.
Foto: Gustavo Bonfate.
Mesmo com as polêmicas relacionadas a sua demanda e seus horários, a linha 13 Jade agora é uma realidade para os passageiros oriundos do aeroporto mais movimentado do país e para a maior cidade da região metropolitana de São Paulo. A CPTM estima que no futuro, a linha 13 Jade deva ter duas extensões em ambas as pontas. Na ponta norte será estendida até a região do Bonsucesso, bairro de Guarulhos, e na ponta sul deverá chegar, segundo as últimas projeções, na estação Chacará Klabin, atendendo as linhas 2 Verde e 5 Lilás do Metrô, passando pela estação Parque da Mooca, onde se conectará com a linha 10 Turquesa da CPTM e com a futura linha 6 Laranja do Metrô.
Embora ainda seja dependente de outras linhas para chegar ao centro, e possua uma demanda muito abaixo do esperado, a linha Jade transformou a mobilidade urbana da região de Guarulhos em pouco tempo em operação. Com todos os problemas relacionados a integrações, horários e excesso de baldeações, a linha deve continuar atendendo aos passageiros diários que embarcam nos trens, partindo de Engenheiro Goulart, ou partindo da estação Brás.
Trem estacionando na estação Guarulhos-Cecap, estação localizada
ao lado do terminal rodoviário da cidade.
Foto: Gustavo Bonfate.
Texto e revisão: Victor Santos.
Fontes consultadas: CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, Diário do Transporte, Via Trólebus, Plamurb. 

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